Muçulmanos em Odivelas. Dinâmicas e Comunidade
DOI:
https://doi.org/10.15257/ehquidad.2023.0009Palabras clave:
Muçulmanos, Mesquitas, Imigrantes, IslamismoResumen
Como aponta Abdoolkarim Vakil, o crescimento do número de muçulmanos em Portugal foi sendo gradual. Segundo, os dados das próprias comunidades: em 1974, logo após a transição democrática, eram cerca de 500; em 1978, eram aproximadamente 5.000, fruto do processo de descolonização, ascendendo logo a cerca de 10.000 dois anos depois; em 1982, 15.000; e, nos inícios dos anos 2000, 25.000 e 30.000 .
Os dados dos Censos, em virtude da resposta sobre religião não ser obrigatória, e de algum receio que os imigrantes, alguns ilegais, teriam de se apresentar oficialmente, são significativamente mais baixos: no Censos de 2011, auto identificavam-se como muçulmanos apenas 20.640 indivíduos.
Hoje, a totalidade de muçulmanos em Portugal, segundo o World Population Review, deve ascender a cerca de 65.000 (0,4% da população residente) . No inquérito de 2018 realizado por Teixeira, para toda a região metropolitana de Lisboa, a origem dos muçulmanos estava repartida em 66,7% de África e 33,3% da Ásia . Isso demonstra o seu crescimento, essencialmente pela via de um mecanismo não natural, ou seja, pela vinda de indivíduos de outros países.
Este estudo integra-se no projeto Carta das Religiões de Odivelas, elaborado pela área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona e realizado no âmbito do Plano Municipal de Integração dos Migrantes (PMIM) e pretende de uma forma sucinta apresentar, as principais características da comunidade muçulmana no Concelho de Odivelas, distrito de Lisboa.
Descargas
Citas
Caraciola, C. B. (2019). Fulla: a boneca muçulmana. A formação da personalidade de meninas islâmicas através do ato de brincar. Signos do Consumo, p. 52-65.
Henriques, J. (2021). A comunidade muçulmana em Portugal a caminho de uma reconfiguração: o que está em causa? Acessado em 8 de maio de 2022 em: https://ionline.sapo.pt/artigo/744043/a-comunidade-muculmana-em-portugal-a-caminho-de-uma-reconfiguracao-o-que-esta-em-causa-?seccao=Opini%C3%A3o_i
Hornung, E., Schwedt, G. & Strazzeri, M. (2021). Religious practice and student performance: Evidence from Ramadan fasting. CEPR Discussion Paper, No. DP16620, oct.
Migrant Integration Policy Index. (2020). Acessado em 07 de maio de 2022 em: https://www.mipex.eu/portugal
Mhomed, I. (2006). O Islão político em Portugal [Dissertação de mestrado em Ciências Políticas e Relações Internacionais]. Universidade Nova de Lisboa, p. 17.
Moniz, J. B. (2017). As teorias da secularização e da individualização em análise comparada. Estudos de Religião, 31(2), 3-33.
ONU. (s.d). World Population Review. Acessado em 8 de maio de 2022 em: https://worldpopulationreview.com/country-rankings/muslim-population-by-country
Teixeira, A. (2012). Identidades religiosas na área metropolitana de Lisboa. Ensaio Interdisciplinar, Lisboa, p.287 a 305.
Teixeira, A. (2018). Identidades religiosas na área metropolitana de Lisboa. Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa.
Vilaça, H. (2013). Novas paisagens religiosas em Portugal: do centro às margens. Didaskalia, 43(1-2), 81-114.
Vakil, Abdoolkarim. (2003). Mulims in Portugal: History, Historiography, Citizenship. Euroclio Bulletin, 18, p. 9.
Vakil, Abdoolkarim. (2004) Do outro ao diverso - Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos e identidades. Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano III, nº 5/6, p. 308.
Vakil, Abdoolkarim. (2005). Comunidade Islâmica em Portugal. Dicionário Temático da Lusofonia, Lisboa, p.5.
Descargas
Publicado
Versiones
- 2023-01-14 (2)
- 2023-01-09 (1)
